Um breve Histórico


Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (AGPTEA), com CNPJ– 90027848/0001-05, é uma entidade civil de direito privado sem fins lucrativos, com sede própria, localizada na Avenida Getúlio Vargas, 283, bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Foi fundada em 2 de julho de 1969, por 27 professores técnicos, dos principais ginásios agrícolas e escolas técnicas daquele período, visando uma atuação mais participativa e atuante nas discussões das diretrizes da Educação Rural. Atualmente, conta com mais de 5 mil associados, advindos de escolas agrícolas estaduais, demais secretarias da esfera estadual do Rio Grande do Sul e mantem convênios com órgãos municipais, federais e particulares.

A definição de prioridades de gestão e do desenvolvimento de suas ações está intimamente ligada ao surgimento de outras preocupações no meio rural. Entre elas, estão as demandas das comunidades e os programas governamentais de apoio à educação rural, à agricultura e à aquisição de novas tecnologias. Em sua trajetória, a AGPTEA tem assumido papéis diferenciados, atuando como executora de atividades de educação não-formal, articuladora com outros setores do meio rural, e como promotora de atividades de capacitação e de representação frente a organismos públicos e privados.

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Entre as atividades realizadas nos seus 49 anos de existência pode-se destacar:


Década de 70 – Desenvolvimento de encontros para o aperfeiçoamento profissional de professores, em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul (FDRH); promoção, em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), de cursos com professores com formação superior concluída; promoção de curso de licenciatura na área de Zootecnia e Agricultura; e debates, relatos e outras atividades sobre a preocupação do uso de defensivos e herbicidas na agricultura.

Décadade 80 – Realização de audiências com as Secretarias Municipais de Educação para discutir as necessidades do Ensino Agrícola, o regime de trabalho dos professores, o uso e a troca de equipamentos ociosos entre as escolas, o aumento de salas de aula, o currículo de acordo com as necessidades regionais, bem como o convênio para licenciatura em Agropecuária na cidade de Passo Fundo, preparação de seminários regionais, promoção de Congresso Estadual de Educação Ecológica, palestras sobre ecologia nas escolas, organização de seminários e encontros para preparação do trabalho educativo.

Década de 90 – Destaca-se o Programa Radiofônico de Apoio ao Desenvolvimento de uma Consciência Ecológica das Comunidades Rurais e Urbanas da Bacia Hidrográfica do Guaíba, que funcionou de 1991 a 1993; a realização do I Encontro Nacional do Ensino Agrícola; o Programa de Hortas Escolares para o Combate à Fome; e a promoção de cursos nas áreas de Agricultura Biológica, Horticultura Biológica e Apicultura.

A partir do ano de 2000 – Promoção da I e da II Jornada de Planejamento e Integração Regionais; o Curso de Cooperativismo nos municípios gaúchos de Nova Petrópolis, Carazinho e Lagoa Vermelha; e Encontros Estaduais de Professores e Fóruns Nacionais do Ensino Agrícola. Mais recentemente, em 2005, foram realizados cursos sobre Cooperativismo; Seminários de Agroecologia (abertos à comunidade em geral); Seminário Regional de Formação Agrícola; Mostra de Educação Profissional; e Curso de Qualificação Profissional e de Gestão Agrícola.

No ano de 2006 foram organizados o Seminário de Impacto e Conservação Ambiental; o IX Simpósio de Educação Ambiental e Sustentável; e três cursos de Cooperativismo. Destaca-se a participação da AGPTEA na Expointer e na Mostra de Educação Profissional (MEP).

Uma outra característica marcante dos trabalhos desenvolvidos pela AGPTEA é a preocupação com a divulgação das informações para um público maior. Assim, foram produzidos materiais como: Informativos da AGPTEA — distribuídos para os associados e para as escolas, desde a década de 1970 —, com assuntos pertinentes à Educação Rural; o Jornal Estação Rural (periódico técnico destinado a professores e alunos, utilizado como apoio didático em salas de aula); e, mais recentemente, a Revista Letras da Terra, que é produzida desde dezembro de 2000. A Associação também editou e lançou o Volume I da Coleção Letras da Terra, com o título “Cooperativismo – Um rumo e um ideal” (ROLOFF &MUSSKOPF, 2002), e o Volume II, com o título “Floricultura, jardinagem e plantas ornamentais” (FRAGA, 2002).

Em seus últimos planejamentos estratégicos, a Associação, com base nos Seminários Estaduais e anuais, bem como nos diagnósticos de assessoramento às escolas, investiu na construção da Casa do Professor de Ensino Agrícola, localizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O local tem o objetivo deservir como ponto de referência para atividades de capacitação continuada, divulgação de trabalhos de pesquisa das escolas agrícolas, e outros eventos que possam contribuir como uma alternativa de ensino-aprendizagem de todo o Estado. A Casa possui um espaço amplo, com salas e alojamento para 40 pessoas.

Enquanto uma Organização NãoGovernamental e sem fins lucrativos, mas ciente de que a Educação Rural é parte integrante do desenvolvimento rural, a AGPTEA esteve presente como expositora na oitava edição da Expodireto-Cotrijal, que aconteceu de 14 a 16 do mês de março do ano de 2007, na cidade de Não-Me-Toque, no estado do Rio Grande do Sul.

A entidade acredita que a Educação Profissional Agrícola é estratégica para a conscientização de que o desenvolvimento rural sustentável — que proporciona melhoria na qualidade de vida das populações rurais —, é fundamental. Porém, para manter uma Educação de qualidade em todos os níveis, a AGPTEA reconhece a necessidade urgente de capacitação continua da dos professores e alunos, de uma readequação curricular àrealidade rural, e de diretrizes políticas e pedagógicas específicas.

Ainda existem muitos problemas na educação profissional voltada ao campo, porém a AGPTEA vem fazendo parte ativa desta história, procurando se auto-superar e vencer as dificuldades do setor. Para isso, acredita e defende o poder do associativismo, cuja união de esforços, além de agregar uma categoria, gera resultados mais efetivos.