Curso de formação de professores destaca a pesquisa como ferramenta pedagógica

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O uso da pesquisa como ferramenta pedagógica nas salas de aula da educação básica foi a abordagem realizada em um curso promovido pela Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea) em parceria com a Fundação Liberato, de Novo Hamburgo (RS), dentro da programação da Fenasul Expoleite. Representantes de 21 escolas debateram a metodologia da pesquisa e como interagir melhor para aperfeiçoar o processo pedagógico nas instituições agrícolas.

A professora da Fundação, Sandra de Oliveira, com doutorado em Educação, abriu o curso destacando que a prática da pesquisa contribui para a formação do aluno. “Acreditamos que é uma ferramenta que ajudará, principalmente, nesse tempo de sequelas devido à pandemia. Os alunos estudaram em casa muitas vezes de forma precária”, enfatizou, colocando que, por exemplo, em um ensino técnico a pesquisa ajuda na construção de produção do conhecimento, assim como constitui modos de ser e agir específicos. “Nós precisamos que esses sujeitos saiam de uma formação profissional com questões, por exemplo, do eixo da ética bem desenvolvidas”, sinalizou.

No curso, que contou com três encontros, somando 16 horas, Sandra tratou da parte mais pedagógica. Já a professora Dalva Inês de Souza, da área de engenharia ambiental e ciências dos materiais, trabalhou a parte metodológica, e  o professor André Luiz Viegas, do curso de Química, apresentou exemplos de projetos na área da alimentação, trocando ideias com os professores, em especial da agronomia.

O presidente da Agptea, Fritz Roloff, avaliou que as escolas precisam retomar o processo de protagonismo através da pesquisa, salientando que muitas coisas se perderam ao longo dos anos por diversos fatores. “Além da pandemia, os governos também retiraram cursos, terminaram com as feiras e as mostras de educação profissional, além da grande rotatividade de professores nas escolas. Tudo isso causou um desânimo e contribuiu para a perda do vínculo com a pesquisa”, pontuou.

Para Roloff, é preciso retomar o conceito da pesquisa tornando o professor e o aluno protagonistas do processo de ensino e aprendizagem. “Hoje o conhecimento está no mundo, nas pesquisas que os cientistas nos trazem e, isso, precisa ser replicado. Muitas vezes as alternativas são encontradas por meio de trabalhos acadêmicos que podem, com certeza, melhorar a vida da comunidade no entorno”, finalizou.

O Curso Metodologia da Pesquisa contou com o apoio da Secretaria Estadual da Educação, por meio da Superintendência da Educação Profissional. A diretora Raquel Padilha e a assessora Cláudia Poli do Departamento Pedagógico da Suepro conversaram com os professores ao final do curso para apresentar o Projeto Hackathon das Escolas Agrícolas e do Agronegócio. Segundo Cláudia, trata-se de um desafio referente a uma situação problema e os alunos terão que apresentar uma solução. “Na verdade, é um intensivo para trabalhar essas dificuldades e buscar soluções”, explicou.

Os professores presentes ao curso dividiram-se em grupos para definir a estrutura desse Hackathon, como se daria regionalmente nas escolas, para depois “culminar com um grande evento na Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, de Palmeira das Missões, no segundo semestre deste ano”. Cláudia citou algumas questões a serem enfrentadas como a seca, a água e as sementes. “São vários problemas que o agronegócio apresentou ao longo dos últimos dois anos, principalmente em função da pandemia. Então precisamos pensar em coisas inovadoras que possam suprir essas necessidades, e nada melhor que os nossos alunos para trazer as ideias”, complementou.

Foto: Vitória Pimentel/AgroEffective
Texto: Rejane Costa/AgroEffective

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