Novos desafios no fazer pedagógico marcaram o ensino agrícola em 2020

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O ensino público enfrentou em 2020 muitos desafios impostos pela pandemia de Covid-19 que restringiu o convívio social, impedindo que as aulas fossem realizadas de forma presencial. A escola técnica agrícola do Rio Grande do Sul, em especial, precisou lidar com questões muito particulares como, por exemplo, o fato de trabalhar também com lavouras e animais que necessitam de acompanhamento o ano inteiro.

De acordo com o presidente da Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), Fritz Roloff, os paradigmas até então vigentes foram interrompidos e foi preciso repensar a ação pedagógica. Coloca que a retrospectiva deste ano precisa ser vista sob o aspecto da redefinição dos valores humanos, “em um momento em que a solidariedade se fez tão presente e mostrou que não é possível viver sem o outro”.

Roloff destaca que a entidade mesmo à distância buscou apoiar as escolas, os seus associados, reaprendendo outras formas de interagir. “Ficou claro que se nos reorganizarmos podemos otimizar tempo, recursos, viagens. Foi um ano de muita dor e sofrimento, mas também de muitas aprendizagens”, afirma, lembrando que os eventos da associação neste ano foram realizados virtualmente, como o 35º Encontro Estadual de Professores e 8º Congresso Nacional de Ensino Agrícola que aconteceu em novembro.

O presidente da Agptea salienta que, neste ano, também ficou em evidência a necessidade da formação continuada para os professores. A entidade já iniciou tratativas com instituições de ensino superior, como o Instituto Federal Farroupilha (IFFar), sobre a criação de um curso de licenciatura em Ciências Agrárias. “Defendemos uma proposta pedagógica que consolide as aulas práticas, de preferência nas escolas agrícolas, e que a parte teórica possa ser disponibilizada em EAD. Este será um grande diferencial que a Agptea poderá apoiar”, observa Roloff.

Outro diferencial destacado por Roloff, é a abertura de portas pela Associação para o trabalho de técnicos agrícolas em outros países. Um primeiro grupo com cerca de dez pessoas já está formado e aguarda a liberação da vacina contra a Covid-19 para embarcar com destino à Alemanha. “A Agptea é a única representante no Rio Grande do Sul do ramo do setor primário neste projeto e busca ampliá-lo para possibilitar o desenvolvimento de estudos nas áreas de pós-graduação, mestrado e doutorado, assim como cursos de línguas e estágio”, comenta Roloff, afirmando que o objetivo da Agptea para 2021 é intermediar e oferecer aos professores formação e capacitação.

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